sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Colégio Magister dá início ao evento “paz é a gente quem faz: produzindo conhecimento para um mundo melhor”

Nesta manhã de sexta feira, dia 23 de outubro o Colégio Magister deu início ao evento chamado “Paz é a gente quem faz: produzindo conhecimentos para um mundo melhor”.
O professor de Língua e Literatura do Ensino Médio, Alexandre Silva, abriu o evento com a leitura de um texto de sua autoria. Após o término da leitura, a professora de Produção Textual, Juraci Alcântara, assumiu a apresentação e conduziu o público para a primeira apresentação do evento.
As alunas Fiama de Oliveira e Gabriela Pacheco do segundo ano do Ensino Médio apresentaram uma tradução consecutiva da “carta da paz”, um texto formulado pelos alunos de segundo ano B, texto que dissertou contra os clichês da tão utópica paz. Logo após a tradução consecutiva, as alunas Kaline Souza e Thamires Palombo foram convidadas a apresentar seus trabalhos de conclusão de curso.
As apresentações dos trabalhos fecharam o ciclo de eventos da manhã em meio ao som de aplausos e dos cumprimentos de todos os presentes.

por: Julia Aguiar

A maturidade da literatura infantil

“Quando se esforça para algo e é reconhecido por isso, não tem preço”

Thamires Couto Palombo é uma das alunas do terceiro ano do ensino médio que irá se formar nesse ano de 2009 pelo Colégio Magister. A aluna, juntamente com o professor, desenvolveu uma pesquisa sobre Conto de fadas, investigando se o público alvo desses contos são realmente as crianças. Agora, próximo ao fim do período escolar, o trabalho da aluna já está concluído e a apresentação para todos do ensino médio já foi finalizada. Sendo assim, entrevistamos Thamires para saber mais sobre suas experiências acerca de seu trabalho de conclusão de curso.

Marcos Mazzini: Primeiramente, parabéns pela conclusão de seu trabalho e gostaria de saber: qual foi o porquê da escolha do tema “Literatura infantil: Histórias adultas”, especificamente?
Thamires Palombo:
O tema despertou a minha atenção quando li um artigo numa revista chamada: “Discutindo Literatura”, foi quando resolvi trabalhar com ele. Inicialmente iria falar somente dos Contos de fadas, mas com muita pesquisa, resolvi questionar o assunto.

Marcos Mazzini: Como você conseguiu provar que a literatura infantil pode servir para adultos? Através de quais argumentos?
Thamires Palombo
: Quando vi as origens dos contos, percebi que eles foram definidos num certo período histórico. Anteriormente não eram assim. Eram histórias normais para todos os públicos. Desta forma, eles foram modificados para atingir as crianças, pois alguns elementos anteriores à mudança poderiam deixar a obra mais adulta.

Marcos Mazzini: Como foi fazer esse trabalho? Você teve muita dificuldade?
Thamires Palombo
: Não tive dificuldade em desenvolvê-lo, mas sim em deixá-lo como pensei. Nem sempre o que idealizamos se concretiza. Tive muita ajuda do meu professor orientador (Alexandre) e isso facilitou meu trabalho.

Marcos Mazzini: Você pretende levar sua tese para uma futura pesquisa, talvez na faculdade?
Thamires Palombo
: Como vou prestar Letras, que é muito relacionado à Literatura, posso utilizar esse trabalho futuramente, mas não sei se continuarei pesquisando sobre o mesmo tema, talvez algo semelhante, pois é um assunto de que gosto muito.

Marcos Mazzini: No momento em que seu trabalho foi finalizado, qual foi a sua sensação?
Thamires Palombo:
Senti-me feliz, realizada, pois terminei num tempo bom, sem aperto e ainda consegui obter o que queria, foi um alívio.

Marcos Mazzini: Quando recebeu elogios e soube que iria apresentar sua obra para todos, o que pensou?
Thamires Palombo
: Senti muita felicidade. Quando se esforça para algo e é reconhecido por isso, não tem preço. Em relação à apresentação, já queria apresentar antes mesmo de me pedirem, pois queria que todos aprendessem o que aprendi com o trabalho.

Marcos Mazzini: Você acha importante a realização de um TCC durante o ensino médio?
Thamires Palombo
: Acho que depende da pessoa envolvida, pois é um momento difícil. Queremos nos focar no vestibular, mas como vou estudar com o TCC? Além disso, no momento do processo seletivo, eles não vão saber se eu tenho a capacidade de realizar um bom trabalho, só querem saber da minha pontuação nas provas. Mas em se tratando do desenvolvimento intelectual, considero interessante esse processo. Independentemente do momento, aprendi muito, é positivo e enriquecedor. Valeu a pena o esforço.

Marcos Mazzini: Agora que o processo está terminado, você tem alguma dica para quem ainda irá fazer um TCC?
Thamires Palombo
: Não deixe para o fim do prazo. O quanto antes você fizer, melhor. Faça com calma, pois terá tempo de modificar o que for preciso. Deixar para o final irá te prejudicar. Não escolha temas fáceis. A exigência deixa o trabalho melhor. Quanto maior o esforço e a busca, melhor será a sua obra final. Aproveite o tempo livre, leia nas férias. E por fim, o mínimo que você pode fazer é se dedicar ao máximo, pois esse trabalho vai te representar, vai mostrar quem você é.

Filosofia estudantil e a produção do conhecimento

“O meu TCC foi composto por quase 40 páginas e no final, percebi que gerei conhecimento para mim mesma e para o meu professor orientador.” Kaline, após a apresentação de seu trabalho.

A aluna Kaline Viviane de Souza, 16 anos, apresentou nessa sexta feira o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Seu tema foi: “Memórias Póstumas de Brás Cubas: Uma perspectiva shopenhauriana”. Após a apresentação, houve uma pequena entrevista feita por Jessely Nascimento, membro do Comitê de Imprensa do Colégio Magister, sobre o processo do trabalho, desde a escolha do tema, o suporte do professor até a reta final.

Jessely Nascimento: Kaline, como foi o processo de escolha do tema? Foi feito através de pesquisas ou por curiosidade mesmo?
Kaline Viviane
: Eu escolhi esse tema, primeiro porque gosto muito da filosofia de Schopenhauer e porque queria estudar literatura. Gostaria muito que o professor Alexandre, de Língua e Literatura, fosse meu orientador e quando ele me disse sobre Machado de Assis ter sido leitor de Schopenhauer, “surgiu uma luz” e eu me decidi por esse tema.

Jessely Nascimento: E depois, como foi preparar? Deu tudo certo no tempo previsto ou houve correria de última hora?
Kaline Viviane
: Eu fiz muito durante o ano, e ficou pronto muito antes; A única parte que ficou mais corrida foi a apresentação, eu preparei três dias antes e consegui sintetizar todo o meu trabalho. Tivemos uma pré-apresentação, onde o professor orientador (Alexandre) e o coordenador (Marcelo) assistiram e me deram o suporte necessário.

Jessely Nascimento: Você comentou que tinha por preferência que seu orientador fosse o professor Alexandre. Por quê?
Kaline Viviane
: O professor Alexandre é uma pessoa que eu admiro muito, não só por seu intelectual, mas também por ele ter me instigado a usar esse tema. Gosto muito dele e a sua ajuda foi essencial, porque sem isso, meu trabalho não teria saído.

Jessely Nascimento: Por que a escolha de um filósofo “pouco” conhecido entre os estudantes?
Kaline Viviane: O Schopenhauer é pouco conhecido por conta de suas idéias fechadas, das quais ele buscava influência oriental. Como dito em meu trabalho, os filósofos da época eram embebidos pela cultura européia e Schopenhauer fugia um pouco disso, fazendo com que ele ficasse mais distante.

J.N.: E porque essa distância?
K.V
.: Acredito que ele fica mais distante não pelas suas idéias pessimistas, mas por pessoas que não querem ter contato e ler esse pessimismo;

J.N.: O que você diria sobre a subestimação que a filosofia sofre por conta de sua falta de reconhecimento e espaço?
K.V
.: A filosofia, diferente das outras ciências humanas, busca desvendar o humano. Ela acaba ficando mais distante para buscar a essência do humano.

J.N.: Você acha que a realização de um trabalho de peso como o TCC é importante para alunos do 3° ano?
K.V
.: Esse trabalho é extremamente útil. Mais do que para a universidade, usaremos para a vida. Exige organização, autonomia, tempo e muita pesquisa, é um trabalho de verdade. O professor orientador guia e dá a diretriz, e nós escrevemos. O meu TCC foi composto por quase 40 páginas e no final, percebi que gerei conhecimento para mim mesma e para o meu professor orientador.

J.N.: Você pretende continuar com essa tese na faculdade?
K.V.: Ainda não sei, eu pretendo enveredar para o campo da filosofia, mas vou procurar outras coisas que também me interessem.


J.N.: E, para finalizar, qual seria o seu maior conselho e dica para que os futuros trabalhos de pessoas que estão, atualmente no 2° ano, resultem em um como o seu?
K.V.:
Inicialmente, eu diria para as pessoas do 2° ano já pesquisarem o tema. Durante minhas férias de dezembro e janeiro, eu pesquisei e fui cogitando ou excluindo o que não me interessava, mesmo sem ter entrado de fato no 3° ano. Quando iniciar o ano, procurem o professor relacionado ao tema para começar a preparação. Não dependam somente do professor, ele não vai escrever para o aluno. Mas, sobretudo, escreva durante o ano! Cada dia um pouco, não deixe para a última hora, porque o professor tem a sua agenda e a correção de cada capítulo escrito é fundamental.

por: Jessely Nascimento

Discurso de abertura do evento

Antes de tudo quero revelar, meu contentamento pela presença de todos: da coordenação, do corpo docente e, em especial, do corpo discente. Agradeço aos funcionários da biblioteca pelo apoio e pelo local disponibilizado.
Agradecimento redobrado aos primeiros e segundos anos pelo incansável trabalho nos momentos pré-mostra cultural e agradecimento caloroso aos terceiros anos aqui presentes, pois sabem o quão importante é este ritual chamado TCC. Bem, quero tornar este meu texto uma exceção no que diz respeito ao gênero textual e uma exceção no que tange ao formalismo lingüístico, pois a partir de agora eu o transformo em uma miscelânea de gêneros (carta forma, informal, relato, notícia, depoimento... sei lá! Deixo para Jura decidir) e o escrevo transitando pelo informalismo. Isso por conta de tentar fazer com que as palavras revelem o contentamento a que estou imerso. E nada melhor do que tentar relatar. Pensei em construir minha fala a partir do improviso, mas seria injusto com as pessoas presentes e fundamentalmente desonesto e desonroso com as alunas Kaline e Thamires.
Por quê? Porque o TCC da Kaline e o TCC da Thamires revelam paixão, seriedade, rigor e intelectualidade. Mais do que isso, revelam conhecimento produzido e aprendizado (principalmente para mim, pois nunca aprendi tanto sobre filosofia Schopenhauriana e sobre contos de fadas).
Aquilo que era esboço no mês de março se concretizou. Os momentos de ansiedade, nervosismo e até mesmo medo acabaram. Digo ao publico que os trabalhos não são TCC’s , são obras. “Obras”: palavra ideal para definir os trabalhos de vocês. E nós sabemos que as obras sérias ficam, nos marcam e avançam para o patamar dos clássicos. Obrigado pelo aprendizado e pelo convívio fraternal. O que me resta é dizer: voos mais altos, pois já não posso mais ajudá-las intelectualmente. Como dizia o professor Gilberto: Humildade Intelectual. E faço uso disso, pois cheguei ao meu limite. Drummond dizia que “o mundo é um vasto mundo”, então fico aqui ansioso para ver vocês resplandecerem nessa vastidão. Meninas, parabéns pelos trabalhos. Parabéns por enriquecerem a memória do Colégio Magister. Parabéns antecipado pelas pessoas brilhantes que vocês serão.

Cordialmente,Alexandre

Carta á paz

Entre Junho de 1914 e Novembro de 1918, mais de 10 milhões de pessoas foram mortas, nesses 4 anos famílias foram decepadas, o medo foi propagado, as esperanças foram destruídas ... a custo de quê? Uma mera disputa territorial.
No dia 1º de Setembro de 1939 foi declarado o começo da matança que se prolongaria até o ano de 1945, um conflito bélico envolvendo as forças armadas tirou a vida de 70 milhões de pessoas.
Guerra Fria. Uma boa designação a um conflito econômico guiado pela sede capitalista. Guerra do Iraque, uma nomeação quase poética para uma oposição política que levou a invasão do território iraquiano, e como era de se esperar, mais vidas humanas foram perdidas.
Em meio a inúmeras disputas antagônicas, é quase utópico pensar em um mundo pacífico onde todos os homens pudessem dividir a dádiva da vida de forma harmônica, uma vez que ao ver dados tão chocantes, percebemos que a ganância e a quase necessidade de tomar um posto superior aos demais se torna algo corriqueiro e considerado normal em nossa sociedade capitalista.
Mas o conformismo não é algo típico do ser humano, visamos sempre a melhoria e, às vezes, nós esquecemos que somos capazes de fazer a diferença, de fazer acontecer, não precisamos nos rebelar ou nos tornar revolucionários, apenas algumas mudanças no nosso dia a dia podem fazer uma diferença imensurável quando falamos de paz.
O que é a paz? Esse conceito parece um tanto abstrato para ser definido, uma vez que o conceito de paz pode variar de pessoa para pessoa, para alguns a paz é o convívio harmônico com os demais indivíduos, para outros o discurso de miss universo é a verdadeira definição de paz, alguns podem dizer que uma pomba branca com um ramo de oliveira no bico é o símbolo máximo da paz, mas na verdade não podemos nos deixar levar pelo senso comum, se acreditarmos mesmo nisso nunca alcançaremos a verdadeira paz.
Podemos citar diversos clichês sobre como alcançaremos a paz, como ser amigável com os demais, plantar uma árvore, ajudar os necessitados... Mas todos esses conceitos podem ser resumidos em uma só palavra: RESPEITO. No dia em que respeitarmos uns aos outros, o mundo atingirá a tão utópica paz, afinal, podemos vir de lugares diferentes, não falar a mesma língua ou não compartilhar das mesmas crenças, mas nossos corações batem como um só.
E para finalizar esse texto com um caráter reflexivo, é válido lembrar-se de uma citação do Tratado da Independência dos Estados Unidos, que diz: “Todos os homens são criados iguais. Eles são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, entre eles a Vida, a Liberdade e a busca pela Felicidade.” Tirar essa linha de pensamento do papel e trazê-la para a realidade depende somente de nós. Faça a sua parte e desfrute de seus resultados.

Julia Aguiar - 2°B Ensino Médio

Carta á paz (versão em inglês)

Letter To The Peace


Through June 1914 and November 1918 more than 10 millions people were killed. In these 4 years families were vanished, the fear was spreat, hope has been destroyed, what’s the price for that? It’s simply land dispute.
On 1st September 1939, it was declared the beginning of the slaughtered which would last until the year of 1945, a weapon conflict envolving the army which has taken 70 millions people.
The cold war, a very good explanation for an economic conflict guided by the capitalist desire. Iraq war, almost a poetic nomination for a political opposition which has taken to the invasion of Iraq territory, as it was expected more human lives were lost.
Among a lot of antagonic disputes, it is almost uthopic think of a peaceful world where all men could share the gift of living in harmony, once we see too shocking data we realize that the greed and the necessity to be in higher position to others, and it becomes common sense and considered normal in our capitalist society.
But the conformism is not a typical human thing, we always wait for a better situation, and sometimes we forget we are able to make a difference, to make it happen, we don’t need to rebel or even become revolutionaries, only some changes in our every day could make the big difference when we talk about “peace”.
What is peace? This concept seems to be a little abstract to be defined, once the concept of peace can vary from person to person. To some, peace is living in harmony with others, to other people, the speech of a miss universe is the true definition of peace. Some people may say that a white dove with an olive leaf is the highest symbol of peace, but in fact, we cannot let the common sense, if we do believe in this, we will never reach a truly peace.
We can elicit lots of clichés about how to reach peace, just being friendly with others, plant a tree, help who needs, although, all these concepts can be summarized in a single word, RESPECT. The day we respect one another, the world will reach a non-uthopic peace, nevertheless, we can come from different places, not talk the same language or even not share the same believes, but our heart beat as one.
And finally to finish the text with a reflexive valour, it’s worth to remember of a quote about the United States Independence trate which says: “All the men are created the same, they are gifted by our Lord with unchangeable rights, among them – Life, Liberty and the search of Happiness.
To take this thought out of the paper and bring to the reality, depends just on us! Do your part and enjoy the results.


Julia Aguiar – 2ºB Ensino Médio

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Colégio Magister promove palestra em prol da paz

Visando a perspectiva dos alunos em relação ao futuro, Rodrigo amplia o conceito de paz.


Em movimento para promover a paz, o Colégio Magister concedeu aos seus alunos do Ensino Médio nesta quarta-feira, dia 21/10, uma palestra com o historiador e docente da UnicSul, Rodrigo Medina Zagni.
Abordando uma temática diferente, Rodrigo utilizou outros recursos para argumentar suas opiniões: vídeos e exemplos do nosso dia a dia. Ao contrário do que costumeiramente aparece, ele propôs uma reflexão realista para os alunos: perceber o quão diferentes somos e, se fossemos iguais, o quão incomodo seria.
Comportamento etnocêntrico, estranhamento e relativização foram os principais temas citados, levando aos jovens o conhecimento de como o preconceito e o estereótipo aparecem com freqüência em nossa sociedade.
A proposta de Rodrigo foi a construção da tolerância, uma vez que somos constituídos por diferenças e temos tendência de estranhar tudo aquilo que é diferente.
Ao fim da palestra, ainda ficaram alguns alunos questionando opiniões sobre determinados assuntos a Rodrigo, provando, assim, que o interesse dos jovens foi despertado de forma objetiva e clara.

Por Jessely Nascimento